Paralelamente ao processo de descoberta de si mesmo, a adolescência é também marcada pela descoberta do outro, do amor e da sexualidade. Os emergentes desejos sexuais e afectivos são, muitas vezes, confundidos e vividos de modo difuso, o que torna ainda mais sinuoso o caminho para a maturidade. Assim, numa forma de corresponder aos impulsos sexuais que apelam dentro de si, ou a uma necessidade afectiva, por vezes intensa, entregam-se na busca do seu corpo, do corpo do outro e do prazer que a união dos dois pode proporcionar. Por vezes, esta entrega é feita sem a noção dos riscos inerentes às práticas sexuais, tais como as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. Ao engravidar, a jovem tem de enfrentar, paralelamente, tanto os processos de transformação da adolescência, como os da gestação. Para ajudar as adolescentes que se encontram nesta situação existem diferentes tipos de respostas sociais, tais como: lares de acolhimento das adolescentes, instituições fundadas para o efeito, ou mesmo projectos realizados para ajudar as adolescentes que se encontram nesta situação. Estas respostas sociais não são apenas necessárias nos casos em que os pais ou familiares próximos destas não as apoiam nesta fase da sua vida, em que elas se sentem desamparadas e perdidas, necessitando de alguém que as acompanhe na nova caminhada da sua vida, apoie e aconselhe, mas em todos os casos, pois necessitam sempre de ser acompanhadas de forma a conseguirem estruturar a sua própria vida. Assim, as instituições têm uma equipa especializada que procura ajudar as adolescentes. De entre as pessoas que compõem as equipas de apoio, encontram-se psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros e animadores socioculturais. No caso especifico das mães adolescentes, o animador sociocultural é importante dado o seu conhecimento abrangente e interdisciplinar, podendo assim acompanhar o público-alvo em diversas áreas, tais como a ocupação de tempos livres, a promoção de actividades que descentrem os adolescentes da sua ansiedade e sofrimento, quer de natureza desportiva, quer formativa, a formação de competências de relacionamento interpessoal, através de grupos de reflexão, a colaboração com equipas terapêuticas interdisciplinares, entre outras.